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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Lido: Lugar Nenhum, de Neil Gaiman

Há umas semanas (hahahaha... quase vos enganava, foi há 3 meses)... comprei o livro "Lugar Nenhum" de Neil Gaiman. Já temos alguns livros dele, e este ainda não. Edição Saída de Emergência, com data de fevereiro de 2022... dizia ainda que se tratava de uma edição atualizada, com uma introdução e um conto inédito de Gaiman. Na minha mente só pensava numa "win-win situation". Comecei a ler, mas tudo me soava a familiar. Mas como, senhores, se nunca tal livro me havia passado pelas mãos? Explicarei mais à frente...

Richard Mayhew, um jovem executivo, preparava-se para ir jantar com a noiva, Jessica, e com o patrão desta, uma importante figura londrina, que a jovem quer impressionar. Quase a chegar ao restaurante, literalmente, cai aos pés de Richard uma outra jovem, bastante ferida. Richard, para grande descontentamento de Jessica, escusa-se ao jantar, para ajudar a ferida. Volta para casa e cuida dela. Na manhã seguinte, a jovem, que se chama Door, pede a Richard que entregue um recado a um determinado Marquês de Carabas, para que a ajude a fugir. Richard acede, e quando dá por si, foi envolvido pela Londres de Baixo, um território de criaturas e personagens excêntricas e, no mínimo, caricatas. Na "sua" Londres, é como se nunca tivesse existido. A noiva ao vê-lo não o reconhece, o melhor amigo, idem... o seu apartamento foi alugado, e Richard tem de descobrir como recuperar a sua realidade. 

Dizia eu, mais acima, que tudo me soava familiar. Em 2015, li, creio que em versão ebook, o romance Neverwhere. Na altura, apenas coloquei online (aqui no blogue), a sinopse, retirada da Wikipédia. Pois... errrr... a verdade é que não me lembrava de absolutamente nada do enredo, e o que me fez "clique" foi o nome do Marquês de Carabas. 

Para mim, foi ler uma novíssima história de Neil Gaiman. Atenção: não me estou a queixar!! Ler Gaiman é sempre um bom investimento de tempo. A vida de leitor é assim mesmo: depois de umas quantas centenas de livros lidos, quando damos por nós, encontramos um excitante livro que, findas as contas, já tinha sido lido anos antes. Em minha defesa, o Henrique tinha pouco mais de 2 anos, e eram já 2 anos sem dormir em condições; a minha sanidade mental da altura é, francamente, discutível. 

O livro é sem falhas, mais um excelente exemplar da escrita do britânico. Há magia, criaturas, personagens misteriosas, perigo, excitação, momentos de reflexão, momentos de humor... tudo o que Gaiman já nos habituou. Talvez, há 7 anos, não tivesse lido com o mesmo espírito com que o li agora - como disse, o Henrique era ainda muito pequeno, e não dormia uma noite completa. Aliás, se for rever os títulos lidos naqueles dias, deverão ser muito poucos aqueles que me lembro.

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