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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez

Depois de Morte nas Nuvens, ainda consegui ler mais este livrinho com a palavra "morte" no título.

Chegar a Gabo é chegar a casa. É saber que dali só pode sair algo bom ou muito bom. 

Santiago Nasar acorda às 05h30. Ele ainda não sabe, mas vai morrer dali a muito pouco tempo. Aliás, ele deve ser o único na cidade que não sabe que vai morrer; apesar de toda a comunidade ter conhecimento disso, a informação não chega a tempo de Santiago se precaver ou tentar defender-se. 

Há um casamento na cidade. Na noite de núpcias, descobre-se que a noiva já não é pura. Um nome escapa-se dos lábios "Santiago Nasar".

Os irmãos da jovem apressam-se a tentar obter a sua vingança de honra. Não escondem a ninguém a sua intenção, mas, poucos levam a sério a ameaça. Afinal de contas, ainda estão bêbados por conta do casamento. São rapazes tão bons e trabalhadores. Nunca se iriam revoltar contra o rico Santiago. 

Este livro está maravilhoso. Mais uma leitura de me aquecer o coração. A escrita de Márquez é simples. Conseguimos sentir as personagens. 

Gostei especialmente do "cameo" do coronel Aureliano Buendía, que nos indica que os eventos de Macondo descritos em "Cem Anos de Solidão" se passam no mesmo espaço-tempo que os deste livro. 

Crónica de uma morte anunciada é um livro minúsculo. Lê-se numa tarde. Promete bastante e entrega tudo o que prometeu. Metam na vossa lista. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Morte nas Nuvens, de Agatha Christie

Corria o ano de 2009, quando li este livro pela primeira vez. Lembrava-me de o ter lido? Não. Ao lê-lo, tinha flashes familiares? Talvez. Li-o até ao fim? Obviamente que sim. É Agatha Christie, dahhhh.

Poirot está no avião. A visão que tem de todos os passageiros é quase perfeita. O problema é que o seu estômago não está a colaborar e Poirot sente-se absurdamente incomodado. 

Apercebe-se dos 2 jovens que parecem estar a enamorar-se. Apercebe-se da tagarelice das damas ao seu lado. Apercebe-se de uma vespa e da pequena confusão que ela está a gerar. Só não percebe que atrás de si, a passageira está morta. 

Tão básico. Tão bom. Já disse várias vezes: a receita Agatha Christie é sempre muito semelhante, mas resulta tão bem. É o tipo de leitura que me deixa feliz. É a familiaridade. É o ler as pistas e tentar resolver o puzzle primeiro do que Poirot. 

Fiz esta leitura no âmbito do clube "Regaleira de Livros" a que pertenço. O tema de novembro foi escolhido para homenagear os mortos e é um livro com a palavra "morte" no título (ou seus derivados: matar, mataram... entendem a lógica).

sábado, 8 de novembro de 2025

A Absolvição, de Yrsa Sigurdardóttir

Terminei há um par de dias o terceiro volume da série "DNA" da escritora islandesa Yrsa Sigurdardóttir. 

(acho que estou demasiado investida nesta serie de livros)

Continuamos, obviamente, a seguir a psicóloga infantil, Freyja, e o polícia, Huldar, que continuam a colaborar quando algum caso envolve crianças ou adolescentes.

Neste livro, uma adolescente, Stella, é brutalmente atacada e desaparece. Tudo parece ainda mais perturbante quando se sabe que o assassino enviou mensagens através do Snapchat, para todos os contactos da jovem, com imagens do feroz ataque. 

Mas onde está ela? As possibilidades de ter sobrevivido são mínimas. 

Huldar continua a ser uma figura a evitar, dentro do departamento, após os desenvolvimentos do primeiro livro (em que ele ataca um suspeito) e do segundo livro (em que ele se envolve com a sua superior, são denunciados e é levantado um processo de assédio sexual). 

Para Freyja, a vida também não está a correr às mil maravilhas. Depois de ter sido despromovida após os eventos do primeiro livro, Freyja tenta redefinir-se.

Huldar pede-lhe ajuda para interrogar as amigos de Stella. Acabam por descobrir que Stella não era a pessoa perfeita que estava a ser apresentada: era a líder de um grupinho que se entretia a fazer bullying a uma colega. 

O corpo de Stella aparece com uma mensagem deixada, supõe-se pelo assassino: uma folha com um misterioso "2". 

Até que acontece um novo ataque. Um rapaz é atacado dentro de casa. O modus operandi é semelhante e, uma vez mais, imagens são enviadas através do Snapchat.

Qual é a relação entre estes dois casos?

Nunca escondi o meu fascínio pelos policiais nórdicos: são tão bem escritos que ficamos, efetivamente, absorvidos pela história que temos à nossa a frente. São cruéis e descritivos. Isto soa a red flag, mas juro que não sou psicopata. 

Mas desde Stieg Larson, os nórdicos são os meus preferidos. A violência existe e nem quero parar para pensar no processo de escrita destes livros, mas...nova red flag...ela está lá por um motivo. E, neste livro, o que mais me assustou foi: é possível que as situações, ali descritas, pelas vítimas de bullying podem acontecer na nossa realidade. 

Não me atrevo a tentar dizer em voz alta o nome Yrsa Sigurdardóttir, mas, se puderem, dêem-lhe uma hipótese. É..."chef kiss"...!

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Tóquio Express, de Seichō Matsumoto

Começamos com a descoberta de dois corpo na Baía de Hakata. Um homem jovem, vestido à ocidental, e uma mulher, também jovem, com um quimono. Tudo indica que se tratou de um suicídio entre dois amantes. 

Mas o inspetor Torigai acha que há algo mais. Os seus anos de experiência dizem-lhe que estás mortes não foram assim tão lineares. Aquilo que mais lhe desperta os sentidos é o facto do homem ter consigo o fatura de uma única refeição que fez a bordo do comboio que o levou àquele ponto. Uma única refeição para uma única pessoa. 

Partilha as suas dúvidas com o mais novo inspetor Mihara, que, de Tóquio, foi destacado para trabalhar naquele caso. As chefias querem apenas a confirmação que se trata de um duplo suicídio para fecharem definitivamente o caso. 

Mas Mihara levou em consideração as suspeitas do velho inspetor Torigai e começa a escrutinar cada pormenor que pode envolver um gigantesco caso de corrupção no governo.

Este livro ambienta-se no final dos anos 50, na zona de Tóquio, mas estive permanentemente com o livro "Os crimes do ABC" de Agatha Christie em mente. Talvez pela coincidência dos comboios e a rede ferroviária serem os grandes protagonistas. 

Mihara, por alguma razão, também me fez lembrar Poirot que não se deixava nunca cegar pelo óbvio - procurava fazer as suas próprias deduções e chegar a uma conclusão satisfatória justa. 

Gostei imenso deste livro: li-o em pouquíssimos dias (2 dias e pouco). É um livro com menos de 200 páginas, mas com um ritmo muito satisfatório. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Na minha família todos mataram alguém, de Benjamin Stevenson

Pelo menos, uma vez por ano, gosto de ler um livro incomum de mortes.
Já li: Como matar a tua família, de Bella Mackie, e O meu homicídio, de Katie Williams. 

Agora cheguei ao livro que ganha pelo título mais longo: Na minha família todos mataram alguém, de Benjamin Stevenson.

Este é um livro que, imediatamente, nas primeiras páginas diz ao que vai. O próprio narrador diz em que páginas vão acontecer cenas de crimes - não há cá escondidinho de matanças para ninguém. Ou será que há?

O nosso protagonista é Ernesto Cunningham, um autor daquele tipo de livros "Dicas para escrever um policial de sucesso". 

Logo sabemos que, por causa de denúncia dele, o irmão Michael encontra-se na prisão - depois de ter morto alguém. Mas a saída está para breve. 

Numa tentativa de reunir toda a família, a tia Katherine organiza um encontro num hotel na montanha. O problema? A família Cunningham é conhecida por ser altamente disfuncional. O pai de Ernest era, aliás, um criminoso de carreira, conhecido por ter morto a tiro um polícia.

E, após a primeira noite, surge o primeiro cadáver. 

O livro é divertidíssimo. O Ernest assume o papel de detetive-amador e tenta encontrar o culpado (ou culpados) pelos corpos que se começam a acumular. A quarta parede, essa então, é quebrada em todos os capítulos. E vamos sabendo o que se passa sempre pelos olhos e ouvidos dele. Resta-nos tentar juntar as peças mais depressa do que ele. 

Mas o caminho até chegarmos à meta é hilariante. 

Sei que o novo livro do autor volta a ter Ernest Cunningham como protagonista, mas este livro lê-se perfeitamente sozinho. 

domingo, 19 de outubro de 2025

Frankstein, de Mary Shelley, por Junji Ito

Esta semana, consegui também terminar este livro.


No regresso de Barcelona, quando estávamos a fazer tempo no aeroporto, vi esta belezura que teve de vir comigo. 

O traço é magnífico. Foi a primeira coisa que me chamou a atenção. O interior é inteiramente a preto-e-branco... Cor existe apenas nesta capa que é um quadro autêntico.

Mas, nesta obra de arte, não está apenas a história de Frankstein e do seu monstro, pensada por Mary Shelley e desenhada por Junji Ito. Está também uma coleção de histórias de Oshikiri, um estudante de liceu que se vê a viver, sozinho, numa enorme mansão que tem ligações com universos paralelos. Oshikiri vê, por exemplo, um seu outro eu a cometer crimes horríveis, que não tem como provar...

Mas o desenho... o medo que ele conseguiu transmitir em cada traço.
Nas histórias de Oshikiri, cheguei a sentir-me realmente aterrorizada e enclausurada.

Li este livro, no âmbito do clube de leitura, Regaleira de Livros, cujo tema de outubro é gótico/terror. 

Se tiverem a oportunidade de lhe deitar a mão, não hesitem.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O Abismo, de Yrsa Sigurdardóttir

Terminei agora de ler o segundo volume da série "DNA" da escritora islandesa Yrsa Sigurdardóttir. 

O primeiro livro, O Legado, apresentou-nos a psicóloga infantil Freyja e o investigador da polícia Huldar. 

Começamos a ação em Setembro de 2004. A pequena Brá está à porta da escola, à espera que o pai a venha buscar. Sendo a aluna nova, não conhece muita gente e acaba por encetar conversa com uma outra criança que reconhece ser da sua turma. Brá acaba por convencer a colega a deixá-la usar o telefone de sua casa, visto que vive muito perto de recinto escolar. A colega, a contragosto, concorda. Foi a ultima vez que foi vista. 

Saltamos para 2016, e Huldar está a colher o que semeou. O caso do livro anterior "apenas" lhe rendeu uma despromoção. O que tem em mãos é aparentemente simples: um grupo de estudantes, há 10 anos, enterrou uma cápsula com cartas para ser aberta mais tarde. Chegou a data de abertura e lá dentro, além das cartas, existe uma outra com aquilo que parece ser uma lista de pessoas a abater. Quem a terá escrito?

Com a ajuda de Freyja, consegue identificar o rapaz que terá escrito a lista, mas acabam, rapidamente, por perceber que ele é filho do homem acusado de violar e matar a pequena Brá.

Thröstur, o rapaz, é alguém muito revoltado com a vida. Diz que não se lembra de carta alguma. Até que as pessoas da lista começam efetivamente a aparecer mortas... Quem são estas pessoas? 

Escrita magnética que nos faz querer continuar a virar páginas como se o mundo dependesse desse gesto. Não recomendado a pessoas de estômago frágil: existem cenas muito descritivas de maldade pura.

domingo, 5 de outubro de 2025

Livros lidos - parte II

Como prometido, aqui está a parte II dos resumos dos livros que li desde 13 de agosto. 

- Seca, de Neal e Jarrod Shusterman: este livro foi lido no contexto do clube Regaleira de Livros. O tema de setembro era ler um livro com capa cor-de-laranja e escolhi este. Sabia que tinha havido bastante sururu na altura em que o livro foi lançado, mas não conhecia nada do enredo. Alterações climáticas e tal e temos uma Califórnia a passar por uma seca terrível. A água é racionada à gota. Até que é criada a iniciativa "Fechar da Torneira" e nem mas uma gota cai das torneiras de todo o território. Quem tinha reservas tem de as defender. Quem não tinha reservas, luta por elas. Instala-se um clima de terror em que cada pessoa está por si mesma. Este é um livro Young Adult, mas lê-se perfeitamente bem. Seguimos um conjunto de personagens: os irmãos Alyssa e Garrett, o vizinho de ambos Kelton, uma rapariga sem abrigo Jacqui e um rapaz de caráter muito duvidoso Henry. Os cinco sobrevivem juntos a coisas que crianças e adolescentes não deveriam ter de ultrapassar. Livro fantástico e que ajuda a pôr em perspectiva muitas coisas que tomamos como certas. 


- A Morte Eterna, de Liu Cixin: a terceira e última parte da trilogia que começou com O Problema dos Três Corpos. 
A Humanidade está num nível de avanço tecnológico que nós, os humanos de 2025 nem sequer perspetivamos. Nesta altura do livro, já estamos cerca de 200/300 anos à frente do nosso presente, este que estamos a viver agora. Trisolaris, entretanto, deixou de ser a nossa maior ameaça, mas o fim do Sistema Solar está cada vez mais próximo porque... guess what? Os Trisolarianos não eram a única civilização a escutar os nossos ecos pelo espaço profundo. É uma trilogia muito bem construída, mas volto a dizer: não é fácil de ler. Há demasiados conceitos de física, fusão nuclear, astronomia, engenharia aeroespacial que são eles os verdadeiros protagonistas. Tentei passar pelos pingos da chuva e tentar absorver o arco principal, mas acredito que tenha havido partes que simplesmente não entendi. E não faz mal. Gostei bastante do final. Ficou meio em aberto, mas fez sentido. Porque afinal de contas ninguém vivo nos pode contar como foi o Big Bang. 
Sobre este livro, tenho de reclamar: que merda, Relógio d' Água? Qual foi a ideia da lombada deste livro ser diferente das dos livros anteriores? O designer estava bêbado? Despediram-no e pediram ao estagiário que desenrascasse qualquer coisa no Paint?

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Livros lidos

Sou particularmente fã da minha linha de pensamento que acha, genuinamente, que vai ter o blogue atualizado. Juro que não faço por mal.

Cada vez que atualizo o blogue, digo para mim mesma que sou melhor, que sou uma pessoa mais madura e responsável e creio, com todas as forças do meu coração, que daí em diante irei ser mais regular a publicar as resenhas dos livros que leio. A minha última publicação foi a 13 de agosto. Quase 2 meses. Estou envergonhada, claro que sim. Mas também estou consciente que não dou mais que isto. 

Sou uma senhora que já não tem a mesma energia que tinha quando abriu o boteco. Olhem, é saber lidar. 

"E o que leste tu, Cristina Maria, nestes quase dois meses?". Li 4 livros, caro leitor. O último terminei-o há poucas horas. 

Vou dividir isto em duas partes para não ficar um texto gigante. A parte II sai daqui a 2 dias.

- Regras da Cortesia, de Amor Towles: nesta história, acompanhamos a história de Katey, Tinker e Eve. Estamos em Nova Iorque, no final dos anos 30, naquele bulício delicioso que costumamos ver nos filmes. Tudo cheira a glamour. Katey e Eve são amigas e vivem de forma remediada. E nessa passagem de ano, de 1937 para 1938, conhecem Tinker, um jovem abastado, de boas famílias e nasce entre os 3 uma amizade peculiar, para dizer o mínimo. É um livro muito interessante, lê-se rapidamente e tem aquele estilozinho que já se reconhece em Amor Towles que é a nobre arte de não encher chouriços. Tudo o que aparece na narrativa tem um propósito. Mas ainda assim, gostei mais do Gentleman em Moscovo.


- O Legado, de Yrsa Sigurdardóttir: era Verão, e apetecia-me ler um policial meio macabro. Não lia nada do género há que vidas e deu-me para aí. Estamos em Reiquiavique e uma mulher aparece brutalmente assassinada em sua casa. Quero sublinhar que quando escrevi "brutalmente assassinada" quero dizer MESMO brutalmente assassinada. Assim, com laivos de tortura sádica. A filha da mulher é testemunha. Escondeu-se debaixo da cama da mãe quando a matança estava a ter lugar e ouviu tudo. Mas recusa-se a falar. Noutro ponto da cidade, pouco depois, outra mulher, mais velha, também é brutalmente assassinada (lide disclaimer já realizado acima). Não há pistas, e a polícia tenta fazer de tudo para que a criança fale. Noutro ponto da cidade, um jovem recebe umas mensagens estranhas através de radioamador. Ele não sabe ainda, mas vai ser ligada a estes assassinatos. Gostei muito. A psicopata em mim tirou notas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Leituras da últimas semanas - a atualização!!

 Absolutamente ridícula, esta situação. Cá estou, novamente, na posição de não publicar nada há semanas. 

Desde a Lucy Barton, já li: 

- os livros "1794" e "1795" de Niklas Natt Och Dag (já tinha lido o "1793" há coisa de 4 anos)

- "Hamnet" de Maggie O'Farrell - a minha ex-colega de trabalho emprestou-mo quando saí da empresa. É um livro sobre a família de Shakespeare. Começa com ele novinho, a conhecer aquela que será a sua esposa, o nascimento dos filhos, a morte de um deles e o processo de luto de Shakespeare e o da mulher. 

- "Os Filhos do Império" de Yodori - é uma graphic novel que comprei há relativamente pouco tempo e, mais ou menos, por impulso. Já tinha visto videos (poucos!) sobre ele e achei a arte lindíssima. Agora é esperar pela continuação... 

- "O Homem do Casaco Vermelho" de Julian Barnes - comprei este livro, no ano passado, na Feira do Livro de Lisboa. Como disse num post anterior, comecei a lê-lo no dia do apagão, no mês de abril. Depois, outras leituras passaram à frente, e quando o retomei, percebi que não me lembrava de nada. Recomecei a leitura e tive de a levar em frente, mesmo quando, às vezes não estivesse para aí virada. Fala de várias personagens históricas, mas os principais protagonistas eram 3: o médico Samuel Pozzi (a personagem central da pintura O Homem do Casaco Vermelho, que deu nome ao livros e a verdadeira peça central deste livro), o príncipe Edmond de Polignac e o conde Robert de Montesquieu. É um retrato da Belle Époque francesa e de todos os seus filhos. Gostei muito, mas não é uma literatura simples.