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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sidney Sheldon continua a dar cartas

Nas últimas duas semanas, li mais dois livros da autoria de Sidney Sheldon. É impressionante pensar que até há bem pouco tempo não sabia sequer que o senhor alguma vez tinha existido.
São ambos excelentes livros, se bem que com contornos totalmente opostos. Cinco estrelas. Por uma questão básica de preguiça, copiei os resumos de dois sites (os links estão no final de cada bloco-síntese).

Um Estranho ao Espelho
Toby Temple é um dos actores mais divertidos do mundo. Tem as mulheres que quer. Mas, sob a capa de homem viril e sedutor, esconde-se um solitário carente de atenção e ávido de amor. Jill Temple é uma estrela de cinema bela e sensual. Tem um passado sombrio e misterioso e uma ambição ainda maior que a de Toby. Juntos dominam o reino de Hollywood, até que a inveja e a vingança transformam o êxito em tragédia, provocando um desfecho surpreendente e inesperado.
(resumo retirado daqui)

A Mulher Dividida
Alguém a seguia. Não fazia a menor ideia de quem lhe poderia querer fazer mal. Tentara desesperadamente não entrar em pânico, mas ultimamente o seu sono era povoado por pesadelos insuportáveis e acordava todas as manhãs com uma sensação de desgraça iminente.
Três belas jovens — Ashley, Toni e Alette — são suspeitas de terem cometido uma série de homicídios brutais. A polícia efectua uma prisão que leva a um dos julgamentos por homicídio mais bizarros do século e a uma defesa baseada em provas médicas surpreendentes, mas autênticas.

(resumo tirado daqui)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Encontro na Provença

E neste período estival, mas não muito, intercalei mais uma leitura séria com um delicioso romance passado na região da quente e maravilhosa Provença, em França.

Elizabeth Adler, mistura os ingredientes ideias para uma leitura agradável que nos permite sonhar com viagens por campos de alfazema, boa gastronomia, personagens interessantes numa trama que inclui romance e um cheirinho de intriga policial.

Li este livro num ápice, nos finais de tarde após as chatos e desgastantes dias de trabalho, displicentemente sentada no meu cadeirão favorito, junto à janela, com vista para uma serra de Sintra avermelhada pelos ocasos límpidos e mornos, uma chávena de chá e a alma a deambular na terra dos sonhos.

Para um bom momento de descontracção é um livro agradável que nos recarrega as baterias, e nos faz abstrair do cinzento quotidiano...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bombaim, A Um Mundo de Distância

Na senda de outros autores indianos, li à velocidade da luz um romance que não sendo tão pesado como «Tigre Branco» de Aravind Adiga, nos remete para a realidade de duas mulheres de uma mesma cidade, mas não de um mesmo mundo.

A autora indiana Thrity Umrigar, autora do livro «Bombaim, A Um Mundo de Distância», relata-nos de forma por vezes subtil por vezes bastante crua, o percurso de duas mulheres que vivem em Bombaim.

Entre elas o abismo das classes, das vidas, uma senhora da casta média-alta, outra uma mera empregada doméstica que habita um bairro de lata.

A riqueza e a opulência escondem o casamento falhado de Sera Dubash onde maus tratos e a violência fazem parte do seu quotidiano. Por outro lado numa miséria pungente Bhima vive num bairro de lata lutando pela sobrevivência da sua neta Maya que vê o futuro arruinado por uma gravidez indesejada.

A narração leva-nos ao passado das duas mulheres revelando-nos as semelhanças e dissemelhanças que ambas trilharam em termos de vivências, separadas apenas pelo rígido sistema de castas. Dois mundos diametralmente opostos, vidas que se tocam aqui e ali…

Um livro que no fala de sentimentos e de sobrevivência numa sociedade tão desigual que nos obriga a reflectir e a sentir a tristeza e o sofrimento das personagens, a intuir as suas angústias e a vivenciar as suas misérias morais e materiais.

Não é um livro fácil, mas é comovente…

A Fúria dos Anjos, de Sidney Sheldon

Acabei agorinha mesmo mais um livro de Sidney Sheldon. "A Fúria dos Anjos" conta a história de Jennifer Parker,uma iniciante no ramo de advocacia, que chegou à New York com a intenção de se tornar assistente do promotor distrital. Contudo, logo no 1.º julgamento, ela é ludibriada por Michael Moretti, o líder mafioso que estava a ser julgado.

Di Silva, o promotor, fica furioso e faz com que ela perca a possibilidade de exercer a profissão. A partir daí, começa o envolvimento da moça com Adam Warner, um belo advogado com a perspectiva de se tornar o novo senador e depois presidente dos Estados Unidos.

Mas a mulher de Adam arma um esquema para continuar com o marido, apesar de ter dado a "benção" a Jen e Adam.
Jennifer tem um filho dele, Joshua, mas esconde essa informação de praticamente todos, e forma uma reputação enquanto advogada criminal.
Michael Moretti interessa-se por ela e faz de tudo para tê-la, o que acaba por acontecer e, por isso, Jennifer passa a trabalhar para a família Moretti. Em pouco tempo mentiras são ditas, pessoas morrem, e Jeniffer acaba numa difícil situação que só será dita pelo próprio livro.

É um belíssimo livro, que nos deixa agarrados desde a 1.ª à última página... o destino de Jennifer, Adam e Michael são envolventes.

Esta foi mais uma das obras de Sheldon adaptada ao cinema. Jaclyn Smith (um dos "Anjos de Charlie" originais) é Jennifer Parker. O filme data de 1983.

(imagem do livro, retirada daqui)

domingo, 21 de agosto de 2011

A Virgem, de Luís Miguel Rocha

Tanto se falava deste autor, que não resisti a uma boa pechincha e comprei (de enfiada), "A Virgem" e "A Bala Santa".

A acção da história de "A Virgem" passa-se nos anos 30 do século XX, durante os primeiros anos do regime de António de Oliveira Salazar. Nesta altura, as conflitualidades entre monárquicos e republicanos são politicamente correctas, mas sem se esquecerem velhas "feridas de guerra".

As família do Coronel Silveira e do Conde Cosme são as protagonistas, sendo que a recém-nascida Mariana Silveira é quem ocupa lugar de destaque, apesar de apenas chorar, sujar fraldas e dormir.

A leitura é fácil, a escrita é boa (destaco, especialmente, o cuidado de Luís Miguel Rocha em usar linguagem de época, que dá uma graça diferente ao texto), mas considero que já fazia falta o 2.º livro, para explicar muito do que foi deixado em suspenso. Não acho que seja um livro genial - porque não o é - mas lê-se bem e é um belíssimo retrato do nosso Portugal de 1933.

Leiam, se o apanharem à mão, mas não corram mundos e fundos para o adquirir!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Aquele Verão na Toscana

E porque nem só de livros sérios vive a mulher, e porque estamos em plena época estival, apeteceu-me, uma leitura mais leve, mais romanceada, mais cor-de-rosa.

Neste contexto, e porque tenho uma verdadeira «pancada» pela região da toscana, pareceu-me bem ler algo que se coadunasse com o meu estado de espírito.

«Aquele Verão na Toscana» é um romance airoso, passado num castello do século XIII, algures na Toscana.

Um curso estival de escrita criativa, reunirá neste espaço rural diversas personagens, oriundos de várias nacionalidades que irão partilhar uma quinzena juntos, entre reuniões sobre escrita, passeios culturais e momentos de lazer.

Cada uma das personagens, homens e mulheres, motivados por diferentes expectativas verão as suas vidas mudar neste Verão.

Um romance agradável, leve e sonhador como as cálidas tardes de Verão, faz-nos sonhar com tudo o que de bom a vida tem para oferecer, seja um chianti, ou um passeio em Siena, ou um mergulho na bela piscina azul do castello.

Amores e desamores fica a imagem de Mary, uma escritora de 74 anos que finalmente encontra em Aldo o amor que nunca teve, ou a de Patrícia, a proprietária do castello, com o inesperado amor perdido que acaba por regressar.

Um livro agradável para uma tarde de Verão….

A Mão de Fátima

A obra do escritor catalão Ildefonso Falcones, faz-nos mergulhar na Espanha muçulmana do dos finais do século XVI, início do século XVII, onde um jovem, filho de uma jovem muçulmana e de um padre católico que a violou, vive a dicotomia de dois mundos em conflito.


Hernando, «o nazareno» como é apelidado pelos muçulmanos vive numa época conturbada preso a dois mundos antagónicos ora desprezado por uns, ora pelos outros.
O contexto histórico onde se desenrola a intriga deste romance durante 44 anos é riquíssimo no retrato que faz da comunidade moura onde o personagem se insere e o mundo cristão do qual também faz parte, mas que entra em conflito com o seu coração muçulmano.
As vivências no seio da comunidade moura, a sua vida pejada de aventuras, as relações familiares, Fátima o seu grande amor, fruto de cobiça do seu odiado padrasto que a desposa e todas as vicissitudes de dois mundos, duas religiões, em guerra.
São 920 páginas de aventura, história, e imersão na nossa Península Ibérica, numa época em que o espaço era partilhado por muçulmanos e cristãos, numa paz periclitante, pejada de revoltas, sublevações e conflitos que afectaram profundamente as comunidades que nela coabitavam, onde cristianismo e islamismo se digladiam, mas onde um homem com um carisma excepcional fruto de duas religiões, de duas culturas, percorre o seu trajecto de vida.
Uma obra excelente em termos de conteúdo histórico e de intriga que prende a atenção da primeira à última página.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Livrinhos para que vos quero

Podem lançar-me pedregulhos, fazer-me esperas, furar-me os pneus ou riscar-me o carro... merecerei todas essas coisinhas, porque estou há demasiado tempo sem actualizar as minhas leituras.

Recentemente, fiz O Negócio: comprei por 4 EUROS, dois livros do Luís Miguel Rocha (autor do A Mentira Sagrada e o primeiro autor português a entrar para o top do New York Times). Estão na lista de espera para serem lidos.

Há dias, terminei o livro "A Herdeira" (também conhecido por: O Preço do Poder ou O Jogo da Vida) de Sidney Sheldon. O livro conta a história de várias gerações da família McGregor, que ergueu seu império com os diamantes da África do Sul, chegando até a personagem principal, Kate Blackwell, uma mulher disposta a tudo para vencer.

Hoje mesmo, fechei a última página de "A Mulher Dividida", do mesmo autor, que conta a história de Ashley Patterson, uma mulher comum, acusada de cometer uma série de assassinatos dos quais ela não tem consciência, mesmo com evidências concretas de sua participação nas cenas dos crimes.
Depois de várias acusações formais, ela é presa e passa por momentos difíceis para provar sua inocência. O pai, um médico reputado, contrata um advogado para defender Ashley. Este, com a ajuda de especialistas, consegue identificar que ela é portadora do distúrbio de personalidade múltipla, não sendo por isso culpada pelos crimes de que é acusada.
Depois de absolvida, Ashley é encaminhada para um hospital psiquiátrico e passa anos internada para combater o distúrbio.

Ao mesmo tempo, estou prestes a terminar "O Ano da Morte de Ricardo Reis", de José Saramago. Trata-se de um romance escrito em 1984 por José Saramago, cujo protagonista é o heterónimo Ricardo Reis de Fernando Pessoa. O personagem regressa a Lisboa em 1936, após uma ausência de 16 anos no Brasil, e aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de um ano trágico, através do qual o leitor é um espectador do clima em que o fascismo se afirma.

Enfim... parada não estou, mas o tempo não chega para tudo e se leio, não posso escrever!!

Boas leituras!!!